segunda-feira, 12 de abril de 2010

Grunhido Eletrônico

Olha só...A "carne de porco falando do toucinho",rsrs...Eu mesma fui uma dessas pessoas que se relacionaram virtualmente e no meu caso deu em casamento.São casos de 1 em 1 milhão mas as vezes pode dar certo...Embora faça parte deste "grupo"concordo com este texto aqui...Hoje deixou de existir o romantismo,o flerte,a paquera...Você conhece pela net,ja marca encontro a maioria no primeiro já vai pra cama com a pessoa e pronto...eu falo,nasci na época errada,como gostaria de ter nascido na época de meus avós,pais...Bem...Espero que gostem deste engraçado e ao mesmo tempo,sério texto.
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas – uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia “com licença”. Na geração seguinte o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e quando finalmente podia dormir com ela era como chegar ao guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro ele lhe mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com o Vinícius de Moraes.

As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma inovação. No tempo das cavernas o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveu-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreciam a espécie, como potência física ou econômica ou até um gosto por Vinícius de Moraes. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres – ou os homens, nunca se sabe – só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha. Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados de quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E quando sentirem falta da palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatilizados. Só nossos corpos ficarão na terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.

3 comentários:

  1. Sensacional Vivian!!! Adorei o texto e concordo em número, gênero e grau!!! Acho que a internet ajudou muito, mas atrapalhou significativamente também!!
    Bjus no coração!!!

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  2. Oi Vivi,adorei super interessante!!!e quem diria né rsrs . . . não me esqueço a primeira vez q viu ele,como ficou surpresa com a altura dele uahuhauhauah . . . amoooooo.beijinhossss

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  3. *E não é meu querido!!Por isso que postei por concordar 100% com tudo escrito aqui,mesmo fazendo parte deste grupo,senti falta da paquera,troca de olhares...Coisas que tocam a alma de outra maneira,mais intensa.Obrigada pelo carinho e visita,bjaum queridooo!
    *Cah...Vdd né!!Rsrs...Não só eu mas todo mundo se espantou com a altura do Lú e hj olha onde cheguei e tudo o que passei...Sou guerreira,caracaaa!Amooooooo,bjaum!!

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