terça-feira, 28 de abril de 2015

Não preciso...



"Eu não preciso prejudicar outras pessoas 
para ser feliz. 
Não preciso de um corpo perfeito para ser notado.
Não preciso fazer escândalos para resolver problemas.
Não preciso humilhar ninguém para me sentir melhor. 
Não preciso fazer as pessoas de degraus
para subir na vida.
Sou o protagonista da minha história. 
Não nasci para ficar na platéia só assistindo
ao show da vida. 
Nasci para fazer parte desse show !!!"

(Robson Araújo)

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Martha Medeiros...


"Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua."

sexta-feira, 24 de abril de 2015

"Livro do Desassossego"


"Quero tudo novo de novo.
Quero não sentir medo. 
Quero me entregar mais, 
me jogar mais, amar mais. 
Viajar até cansar. 
Quero sair pelo mundo. 
Quero fins de semana de praia.
Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. 
Quero ver mais filmes, ler mais.
Sair mais. 
Quero não me atrasar tanto, 
nem me preocupar tanto. 
Quero ter momentos de paz. 
Sorrir mais e ajudar mais.
Quero ser feliz, quero sossego. 
Quero me olhar mais. 
Tomar mais sol e mais banho de chuva.
Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais. 
Quero olhar para frente.
Quero pedir menos desculpas, 
sentir menos culpa. 
Quero menos ‘mas’. 
Quero não sentir tanta saudade. 
Quero mais e tudo o mais.
E o resto que venha se vier, 
ou tiver que vir, ou não venha."

Fernando Pessoa - (1888-1935)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Noemi Prates...

"E negamos vontades, 
desejos, impulsos, com medo de quebrar a cara. 
Viramos as costas. Damos de ombros. 
Dizemos absurdos só pra disfarçar. 
Mas, no fundo queremos respostas."

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Um amor tão lindo...





"Toda mulher traz na alma a força dos ventos
O fascínio de um cavalo selvagem
A sensibilidade de uma flor
Que sente, pressente, intui
Se abre no momento certo
E exala seu perfume.
Ela galopa contra o vento
Enfrenta tormentas
Carrega consigo suas mágoas
E as dissipa no ar.
Tem a alma leve
Apaixonada
Não abandona o que acredita por nada.
Tem medo, 
Tem asas
Preza sua liberdade
Divide com aquele que acredita
Sua vida, seus sonhos, seu amor e sua alma."

(Carolina Salcides)

terça-feira, 14 de abril de 2015

Sabedoria Xamânica...



"Diz a sabedoria indígena que quando não cumprimos o que prometemos, o fio de nossa ação que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar, fica solto ao nosso lado.
Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em nossos pés e impedem que caminhemos livremente...
Ficamos amarrados às nossas próprias palavras.
Por isso os nativos tem o costume de "por-as-palavras-a-andar" que significa agir de acordo com o que se fala.
Isso conduz à integridade entre o pensar, o sentir e o agir no mundo e nos conduz ao" Caminho da Beleza"onde há harmonia e prosperidade naturais."

Fool...

"Tolo é quem briga por espaço, lugar, superioridade, notoriedade ou vive pela concorrência , ferindo, engando, desfazendo laços afetivos por nada. A gente tem que brigar é pra ser livre, ser sábio, ser inteligente , honesto(a) e capacitado (a) , a gente tem que manter é o caráter , a personalidade , a transparência. A gente tem que ser o que é , e viver pelo que gosta e pelo que nos faz bem sem forçar tanto o riso ou querer tanto ser notado pelo que a gente não é, ou pelo que a gente não tem."

(Cecilia Sfalsin)

 Imagem http://www.autumnskyemorrison.com/paintings/the-fool.html

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O DIA EM QUE MORRI - Lígia Guerra


"Estranho? Nem tanto. Se depois de ler esse texto você achar que ainda está vivo, ótimo! Caso contrário, é bom repensar se ainda existe algum sopro de vida aí dentro. Vou contar como tudo aconteceu.

A minha primeira parcela de morte aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha. O mais estranho é que eu chamava isso de humildade. Nunca pensei na possibilidade do auto abandono.
Morri mais um pouquinho no dia em que acreditei em vida ideal, estável, segura e confortável. Passei a não saber lidar com as mudanças. Elas me aterrorizavam.
Depois vieram outras mortes. Recordo-me que comecei a perder gotículas de vida diária, desde que passei a consultar os meus medos ao invés do meu coração. Daí em diante comecei a agonizar mais rápido e a ser possuída por uma sucessão de pequenas mortes.
Morri no dia em que meus lábios disseram, não. Enquanto o meu coração gritava, sim! Morri no dia em que abandonei um projeto pela metade por pura falta de disciplina. Morri no dia em que me entreguei à preguiça. No dia em que decidir ser ignorante, bulímica, cruel, egoísta e desumana comigo mesma. Você pensa que não decide essas coisas? Lamento. Decide sim! Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo, drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural ou financeira, você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.
Morri no dia em que decidi ficar em um relacionamento ruim, apenas para não ficar só. Mais tarde percebi que troquei afeto por comodismo e amor por amargura. Morri outra vez, no dia em que abri mão dos meus sonhos por um suposto amor. Confundi relacionamento com posse e ciúme com zelo.
Morri no dia em que acreditei na crítica de pessoas cruéis. A pior delas? Eu mesma. Morri no dia em que me tornei escrava das minhas indecisões. No dia em que prestei mais atenção às minhas rugas do que aos meus sorrisos. Morri no dia que invejei , fofoquei e difamei. Sequer percebi o quanto havia me tornado uma vampira da felicidade alheia. Morri no dia que acreditei que preço era mais importante do que valor. Morri no dia em que me tornei competitiva e fiquei cega para a beleza da singularidade humana.
Morri no dia em que troquei o hoje pelo amanhã. Quer saber o mais estranho? O amanhã não chegou. Ficou vazio... Sem história, música ou cor. Não morri de causas naturais. Fui assassinada todos os dias. As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos. Mas ainda assim foram decisões.
O mais irônico de tudo isso?
As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.
As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas. É dessas que me despeço.
Assinado,
A Coragem"
Inspirado no meu livro "Mulheres às Avessas" pela editora Sextante

quinta-feira, 9 de abril de 2015

1001 noites...

"[...] - E você o ama?
-Sim...como uma vítima ama o seu carrasco..."
"Sou as minhas atitudes,
os meus sentimentos,
as minhas idéias ...
O que realmente faz valer a pena estar vivo,
não há filmadora ou máquina
fotográfica que registre ...
surpresas, gargalhadas, 
lágrimas, enfim...o que eu sinto, 
quem eu sou, você só vai perceber
quando olhar nos meus olhos, 
ou melhor, além deles ..."

Clarice Lispector - (1920-1977)

Cicatrizes...


"As pessoas possuem cicatrizes, 
em todos os tipos de lugares inesperados, 
como mapas secretos de suas histórias pessoais.
Diagramas de suas velhas feridas. 
Talvez velhas feridas nos ensinem algo,
elas nos lembram onde estivemos
e o que superamos. 
A maioria de nossas feridas podem sarar, 
deixando nada além de uma cicatriz,
e nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro."

(Grey's Anatomy)