segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Em matéria afetiva...


Sempre é forçoso muito cuidado no trato com os problemas afetivos dos outros, porque muitas vezes os outros, nem de leve, pensam naquilo que possamos pensar.


Os Espíritos adultos sabem que, por enquanto, na Terra, ...ninguém pode, em sã consciência, traçar a fronteira entre normalidade e anormalidade, nas questões afetivas de sentido profundo.

Os pregadores de moral rigorista, em assuntos de amor, raramente não caem nas situações que condenam.

Toda pessoa que lesa outra, nos compromissos do coração, está fatalmente lesando a si própria.

Respeite as ligações e as separações, entre as pessoas do seu mundo particular, sem estranheza ou censura, de vez que você não lhes conhece as razões e processos de origem.

As suas necessidades de alma, na essência, são muito diversas das necessidades alheias.

No que tange a sofrimentos do amor, só Deus sabe onde estão a queda ou a vitória.

Jamais brinque com os sentimentos do próximo.

Não assuma deveres afetivos que você não possa ou não queira sustentar.

Amor, em sua existência, será aquilo que você fizer dele.

Você receberá, de retorno, tudo o que der aos outros, segundo a lei que nos rege os destinos.

Ante os erros do amor, se você nunca errou por emoção, imaginação, intenção ou ação, atire a primeira pedra, conforme recomenda Jesus...   (D.A)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Balada dos 400 golpes...



Dentro de mim uma estrela arde no peito e derrama
Calma, coração, a razão não é dona do destino
Toda emoção mulher

Toda mulher é uma lua de claridade e mistério
Nasceu pra ser minha estrela da guia
Companhia para o que Deus quiser

Pode ter razão de queimar a cidade então
E com outro amor, como se nada for
Quatrocentos golpes no beijo que não me deu
E também doeu, como se nunca mais

Quero bem comigo essa fera
Deusa que tudo reclama
É como eu, bem capaz de perder o seu juízo
Tal qual um ser qualquer

Eu com a minha deusa, um menino
Filho de leite das ruas
No vendaval e meus olhos jorrados de desejo
Com a rapidez da luz

(Beto Guedes)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

C.F.A...


Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.


Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se... afogar, se recupera.

Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?

A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?

A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.

Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?

E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.

A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.

Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fabricio Carpinejar...

“A intensidade assusta, amar assusta, lutar por um amor assusta.


Somos sempre amadores diante do medo.

A sinceridade é quixotesca, é escandalosa, é inoportuna.

Toda declaração é patética. Como as cartas de amor. Como os apelidos entre os amantes. Como as juras no sofá.

Em vez de mostrar a importância do outro, o costume é se esconder.Em vez de abrir nossa vontade de permanecer junto, o costume é dissimular.

... Em vez de expor o tamanho de nossa fragilidade, o costume é bancar o forte e intransigente.

Em vez de ouvir, o costume é se refugiar no orgulho.

Somos dependentes da aceitação mais do que do coração.

Não enfrentamos as críticas dos amigos, da família, preocupados com o nosso sofrimento.

Somos educados para a indiferença: o que incomoda precisa ser deixado de lado, o que atrapalha deve ser esquecido.

Insistir já vira chatice. Ninguém aguenta um assunto por muito tempo. Mas isso não é um assunto, é a minha vida.

Queremos merecer um amor mas, de modo algum, sofrer por ele.

Queremos alguém que não desista da gente, mas não oferecemos chance. Como crescer no amor sem superação? Como crescer os olhos sem o invisível?

Como recomeçar os laços sem humildade?

A ideia é se separar e não demonstrar nenhum sentimento? Como?

Ninguém é adulto no sofrimento. Só o cínico.

Ninguém é maduro no sofrimento. Só o insensível.

Vamos errar, beber, exagerar, tropeçar, gritar, explodir durante a ausência e se arrepender aos abraços e lágrimas.

Se ela diz que me ama, não faria sentido virar o rosto, a não ser que seja para receber seu beijo.

Posso não tê-la de volta, mas não terei me perdido e jamais terei desvalorizado sua força em minha vida.

O que pode parecer motivo de pena para mim é coragem.

Reserve a compaixão a quem se entrega para a mentira. Mentir para si é imperdoável."

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Manoel Bandeira...


" Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar..."