sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Amor que morre...


O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!


                            (Florbela Espanca)

Tédio...


Passo pálida e triste. Oiço dizer: 
“Que branca que ela é! Parece morta!” 
e eu que vou sonhando, vaga, absorta, 
não tenho um gesto, ou um olhar sequer ... 

Que diga o mundo e a gente o que quiser! 
– O que é que isso me faz? O que me importa? ... 
O frio que trago dentro gela e corta 
Tudo que é sonho e graça na mulher! 


O que é que me importa?! Essa tristeza 
É menos dor intensa que frieza, 
É um tédio profundo de viver! 

E é tudo sempre o mesmo, eternamente ... 
O mesmo lago plácido, dormente ... 
E os dias, sempre os mesmos, a correr ... 

(Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas")


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Invento...

Vento
Quem vem das esquinas
E ruas vazias
De um céu interior

Alma
De flores quebradas
Cortinas rasgadas
Papéis sem valor

Vento
Que varre os segundos
Prum canto do mundo
Que fundo nao tem

Leva
Um beijo perdido
Um verso bandido
Um sonho refém

Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar

Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar


Vento
Que dança nas praças
Que quebra as vidraças
Do interior

Alma
Que arrasta correntes
Que força as batentes
Que zomba da dor

Vento
Que joga na mala
Os móveis da sala
E a sala também

Leva
Um beijo bandido
Um verso perdido
Um sonho refém

Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar

Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar

(Composição de Vitor Ramil - cantada por Ney Matogrosso)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Casais brigam em média 312 vezes por ano...

Uma pesquisa feita na Grã Betanha com 3 mil pessoas indicou que os casais brigam em média 312 vezes por ano - principalmente às quintas-feiras por volta das 8h da noite,por 10 minutos.
O levantamento,encomendado por um varejista on-line de artigos de peças para banheiro,sugeriu que a esmagadora maiorias das brigas se origina de motivos banais,como deixar pêlos na pia,entupir o ralo do chuveiro com cabelo e "surfar" entre canais de TV.
"Todos os casais brigam,mas ver o quanto eles discutem por causa de coisas simples ,como tarefas domésticas,nos faz abrir os olhos",disse o porta voz sobra a pesquisa,Nick Elson.
"Parece muito tempo perdido em bate-bocas,independentemente de quão irritante sejam os hábitos".
As razões dadas por homens e mulheres refletem algumas já conhecidas e proclamadas diferenças no comportamento dos sexos.
Enquanto eles reclamam que os parceiros não trocam o papel higiênico quando este termina nem baixam a tampa do vaso sanitário,eles ficam nervosos quando as parceiras demoram para ficar prontas e reclamam sobre as tarefas domésticas.
Deixar as luzes acesas,acumular entulhos e não recolher as xícaras espalhadas pela casa após o chá ou café também são razões ciutadas por ambos os sexos para as brigas.
Oito de cada dez entre os 3 mil adultos britânicos pesquisados disseram ser obrigados a limpar,constantemente,a sujeira do outro.
E se as mulheres ficam mais frustradas com os hábitos dos parceiros,a pesquisa indicou que são eles que mais vêem nas razões banais motivos para uma separação.
Um quinto dos homens entrevistados disseram considerar essa opção em consequência das dificuldades de convivência.
A seguir,os hábitos que mais irritam as mulheres:

  1. Deixar pêlos na pia - (Lú)
  2. Deixar a privada suja - (Lú)
  3. "Surfar" entre canais de TV
  4. Não trocar o rolo de papel higiênico - (Lú)
  5. Não baixar a tampa da privada - (Lú)
  6. Deixar as luzes acesas
  7. Xícaras,copos,pratos,panelas,etc...sujos pela casa - (Lú)
  8. Toalhas molhadas no chão e na cama - (Lú)
  9. Acumular pertences
  10. Não dar descarga - (Lú)
E os hábitos que mais irritam os homens:
  1. Deixar pêlos na pia
  2. Demorar pra ficar pronta - (eu)
  3. Reclamar que ele não faz nada - (eu)
  4. Deixar as luzes acesas
  5. Entupir o ralo do chuveiro com cabelo
  6. Acumular pertences - (eu)
  7. Encher a lata de lixo além da capacidade
  8. Deixar lenços de papel pela casa
  9. Xícaras sujas pela casa
  10. "Surfar" entre canais de TV
  11. Assistir a novelas

Bom...Postei essa matéria que foi retirada do site da Uol ontem e que também passou em vários canais de televisão no dia de ontem (20/12/2011) a pedido do meu marido mas confesso não concordar muito com isso não...
Creio e sei que existam várias discussões de casais por motivos fúteis mas daí morar em um chiqueiro para manter o casamento em "paz e harmonia" é demais!!Se você,principalmente as mulheres,pensarem assim,daí que eles farão da casa um INFERNO!Deve SIM existir o diálogo,se algo não está legal deve SIM ser conversado e se a outra parte não estiver de acordo ou satisfeita,VAZE!
A partir do momento que se casam ou vão morar juntos,passam a dividir o mesmo ambiente e nem todos têm a sorte de serem ricos para cada um ter seu banheiro ou closet por esse motivo que,dividindo e compartilhando do mesmo espaço que AMBOS,não falo somente dos homens,devem cooperar,trabalhar juntos,afinal a mulher hoje em dia não trabalha para ajudar o marido,companheiro?Então...nada mais justo que o mesmo ajude-a com algumas tarefas de casa,não precisa ser ele a "mulher da casa" mas sim ajudá-la pois assim,havendo esse consenso entre ambos e cada um mantendo seu pedaço,seu espaço,as "briguinhas banais" com CERTEZA não seriam necessárias.Pensem nisso meus queridos!


(Matéria retirada do Site da UOL no dia 20/12/2011 com algumas complementações de minha autoria)

A Mulher e os Cinquenta e Sete Gatos


"Todos falavam que ela havia sido uma bela mulher em sua juventude...Vinda da Alemanha na década de quarenta, fugindo dos horrores da guerra, acabou  parando no sobrado daquele aglomerado de casas e alí adquiriu um pequeno casebre com sala,quarto, cozinha e banheiro onde passou a morar...Jovem e bonita logo conseguiu um emprego e começou a fazer amizades...Trabalhou, amou, viveu, teve grandes amores, e deixando no passado toda a sua história e a de seus familiares...O tempo  foi passando até que chegou a época de sua aposentadoria e viu ficando para trás todos os dias áureos de sua existência e sua vida passou a ficar cada vez mais vazia...Foi então que começou a sua mania de de criar gatos...O primeiro ela pegou em um parque municipal, onde havia uma profusão deles para doação...Depois passou a recolhê-los pela cidade sempre que encontrava um abandonado...
           Isso a fez ficar cada vez mais amiga dos bichanos, e a cada dia ela foi se afastando mais das pessoas...Passou a ser olhada pela vizinhança como como uma pessoa excêntrica...quase uma bruxa...Mas o fato é que ela gostava dos bichanos e os mantinham sempre alimentados...Quando saía na rua, uma legião deles a acompanhavam e as pessoas ficavam olhando para aquela figura estranha, cheias de curiosidade e de repulsa...Ela seguia indiferente e tranquila com os seus animais...Os moleques lhe jogavam piadas, algumas pessoas a chamavam de louca, mas ela não dava muita atenção a nada daquilo....Só se preocupava com os seus gatos...
               Um dia, uma das poucas vizinhas com quem ela costumava se comunicar, e que sempre lhe levava café todas as manhã, antes de ela sair com os seus gatos, estranhou o fato de  bater na porta do seu casebre e ela não atender...O barulho dentro da casa indicava que todos os gatos estavam alí e certamente ela deveria estar também...Intrigada ela pediu auxílio da vizinhança e conseguiu arrombar a porta...A amiga encontrou-a estirada, no meio da sala, morta, e os bichanos todos ao seu redor, lambendo-lhe o corpo...Ligaram para o corpo de bombeiros e a vizinha, sua amiga ainda teve a curiosidade de contar cinquenta e sete gatos....O mesmo número de anos que anunciavam a sua idade, através dos seus documentos...O seu corpo foi levado para o Instituto Médico legal e os gatos foram todos recolhidos a uma instituição que tratava de animais abandonados...A sua casa permaneceu vazia até que uma grande imobiliária adquiriu todo aquele conglomerado de casas e tudo aquilo virou uma grande Universidade...Ninguém se habilitou a morar alí depois da morte da mulher e do recolhimento dos seus cinquenta e sete gatos...No prédio hoje circulam milhares de pessoas ... São alunos, professores, funcionários, visitantes, e nehum deles faz idéia de que alí morou uma mulher alemã, fugida de sua pátria devidos as atrocidades da guerra e que alí se estabeleceu, teve até momentos de felicidade, glória e de alegria, mas acabou morrendo só, cercada apenas pelos cinquenta e sete bichanos, seus últimos amores...
(Escrito por José Reinaldo,com os devidos créditos)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

La tortura...


Não peço que todos os dias sejam de sol
Não peço que todas as sextas sejam de festa
Tao pouco te peço que volte suplicando perdão
se chora com os olhos secos
e falando dela.
Ai amor, me dói tanto
que você tenha ido sem dizer aonde
Ai amor, foi uma tortura perder-te

Sei que não tenho sido um santo
mas posso consertar, amor

Nem só de pão vive o homem
E nem de desculpas vivo eu

Só errando se aprende
E hoje eu sei que é teu o meu coração

Melhor guardar tudo isso,
a outro cachorro com esse osso
e nos dizemos "Adeus"
Não posso pedir que o inverno perdoe a um rosal
Não posso pedir que macieiras deem peras
Não posso pedir o eterno a um simples mortal
E atirar aos porcos, milhares de pérolas
Ai amor, me dói tanto
me dói tanto
que não acredite mais nas minhas promessas...

Ai amor

foi uma tortura

perder-te

Sei que não tenho sido um santo
mas posso consertar, amor

Nem só de pão vive o homem
E nem de desculpas vivo eu

Só errando se aprende
E hoje eu sei que é teu o meu coração

Melhor guardar tudo isso,
a outro cachorro com esse osso
e nos dizemos "Adeus"

Não fique abatida, não fique...
Escute neguinha, olhe... não fale demais...
De segunda à sexta tem meu amor
deixe o sábado para mim que é melhor
Ouça neguinha, não me castigue mais
Porque lá fora sem você não tenho paz
Eu sou um homem muito arrependido
sou como a ave que volta ao seu ninho...

Sei que não tenho sido um santo
Eu não sou feito de papelão

Nem só de pão vive o homem
E nem de desculpas vivo eu

Só errando se aprende
E hoje eu sei que é teu o meu coração

Ai, ai, ai
ai, ai, ai
Ai, tudo o que fiz por você
Foi uma tortura te perder
me dói tanto que seja assim...
Siga clamando perdão
...Eu ...eu não vou
Chorar hoje por ti

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Silêncio dos Amantes...

(...)"Acordo com Valentim a meu lado.Passo de leve a mão em seu rosto adormecido,acompanho com o dedo o contorno da sua boca,beijo seu ombro e me aconchego mais nele:aqui é o meu lugar no mundo.E o dele também.Do nosso jeito,estamos construindo - mais uma vez - a vida.
A dor faz parte."
(Lya Luft)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mil perdões...


Te perdôo
Por fazeres mil perguntas
Que em vidas que andam juntas
Ninguém faz
Te perdôo
Por pedires perdão
Por me amares demais

Te perdôo
Te perdôo por ligares
Pra todos os lugares
De onde eu vim
Te perdôo
Por ergueres a mão
Por bateres em mim

Te perdôo
Quando anseio pelo instante de sair
E rodar exuberante
E me perder de ti
Te perdôo
Por quereres me ver
Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir)

Te perdôo
Por contares minhas horas
Nas minhas demoras por aí
Te perdôo
Te perdôo porque choras
Quando eu choro de rir
Te perdôo
Por te trair
(Chico Buarque)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Paulo Coelho...

"Na margem do Rio Piedra...
Eu me sentei e chorei.

Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito.


Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atira-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.

Ás margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.

O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas em meu rosto, e elas se misturaram com as aguas geladas que correm diante de mim.

Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que - distante dos meus olhos e do meu coração - todas estas águas se misturam com o mar.

Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei do rio Piedra, do mosteiro, da igreja nos Pirineus, da bruma, dos caminhos que percorremos juntos.

Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.''

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Do filme "Divã"...Perfecto!

- Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.