sexta-feira, 28 de maio de 2010


"Eu sou um ser único,ninguém pode tirar a minha liberdade,o que eu sinto,a minha história.
O grande lance da vida é ser felizzzzz!"

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Outono...


A chuva bate frio,feito açoite...
Agasalho-me,
Não saio,
Viro noite...
É o inverno que visita Maio...
Entristece-me,
Escurece,
Sou retalho...
Deixo a saudade invadir a sala...
Encolho-me,
Fico nula,
Solitária...
E por onde andaria o outono?
Silencio-me...
Ouço o vento
À porta!
Sinto o sabor amargo de Agosto...
Antecipa-me,
A contra gosto,
A estação...
-Não sei o que fazer de mim,
enquanto vivo perdida por aí,
esperando a primavera!
(Telma Moreira)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alma Gêmea - Masaharu Taniguchi

Se o desejo de ser amado for mais forte
e você se prender a alguém com insistência,
ele se aborrecerá e acabará se afastando de você.
O primeiro estágio do amor é a simpatia.
A simpatia aumenta e se torna apego,
e nesse estágio há sofrimentos e alegrias.
A alegria proveniente do amor-apego
vem sempre acompanhada de angústias e sofrimentos.
A alegria absoluta,que não vem acompanhada
de sofrimentos nem de angústias,
só será obtida quando seu amor evoluir mais.
Só será obtida quando você abandonar o apego
e deixar o outro totalmente livre.
Quando você soltar o outro,
ele voltará a você espontâneamente,
com amor sincero,porque ele,originalmente,
é a outra metade da sua alma.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Estou cansada!!



Estou cansada
Deste mar de lembranças doidas,
De todas as ilusões que não terminam.
Estou cansada,
De estar meio viva,meio morta,
Desta espera desesperante que quase me mata a alma.
Estou cansada,
Deste meu coração dorido,
Sempre perdido nas ondas da paixão.
Minha vida no limite
Segue um rumo incerto,
Para um sitio desconhecido,
Para uma vida,
Já sem vida.
Estou tão cansada meu amor,
De lutar contra a escuridão,
De morrer em mim,
E nunca me encontrar em ti.
Estou cansada meu querido,
Desta revolta que não passa,
Desta dor que não se esvai.
Tudo se perdeu de si próprio,
Perdi-me na insanidade,
Em divagações de memórias de tempos idos.
Minha mente revê-te todos os segundos do dia...
Estou cansada,
Mas não te deixo ir,
Não permitirei que saias do meu corpo,
Não deixarei morrer o amor que construímos
E que a força do destino não destrói.
Por Deus,meu amor
E por todos os anjos,
Estou cansada...
Mas nunca desistirei de ti.
(Deusa II)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fui amada


Fui amada
Perdidamente
Fui princesa
Fui menina
Era namorada
A paixão brotava
Exalava seu perfume pelos poros
Pelo olhar
Até no calar
Sou amada
E amo muito
Continuo apaixonada
Perdidamente
Viver o amor
Seja lá quando e como for
Da maneira que se apresentar
É assim que aprendi a viver
Parar de amar...
Melhor morrer!
(Edna Berta)

sexta-feira, 14 de maio de 2010


INSTRUÇÕES PARA SE APAIXONAR........... Encha o peito com mais de trezentos suspiros, quando estiver bem levinho, solte as amarras... e flutue. (Rita Apoena)

quinta-feira, 13 de maio de 2010


"Eu não sou boa nem quero sê-lo,contento-me em desprezar quase todos,odiar alguns, estimar raros e amar um."
(Florbela Espanca)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Bilhete...(Mario Quintana)


Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho,Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

terça-feira, 11 de maio de 2010


Essa mulher que caminha no orvalho da madrugada,de pés nus, que dança na margem do rio,ouvindo o vento da noite,essa mulherque canta o silêncio até onde o grito,traz na fronte a cicatriz,que se desenha como a luz na água, a sua loucura,ela, alheia a tudo,dança até onde a música eleva os seus pés,ardem-lhe os lábios, morde a dor, a vidae nada recusa.Dança até onde a tempestade a leva.
(Maria João Cantinho )

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Profissão:Mãe?!?(Minha homenagem...)

Há alguns meses, quando pegava as crianças na escola, percebi que uma mãe se aproximara de uma amiga que conhecia bastante. Estava chateada e muito indignada.
Sabe o que você e eu somos ? – lhe perguntou, e antes que a amiga pudesse dar-lhe uma resposta, que na verdade não sabia qual era, ela mesma respondeu. Parece que vinha de uma repartição onde tinha ido renovar sua carteira de motorista. Quando o funcionário que anotava os dados lhe perguntou qual era a sua ocupação, ela não soube responder.
Ao perceber isto, o funcionário lhe disse: - “ao que me refiro é se a Sra. trabalha ou é simplesmente uma... ?” “Claro que tenho trabalho, lhe contestou, sou uma mãe!”.
E o atendente lhe respondeu: - “não posso por mãe como opção, vamos colocar dona de casa.”.Foi a resposta enfática do funcionário.A amiga havia esquecido por completo a história, até que um dia, se passou exatamente o mesmo com ela. A funcionária era obviamente uma mulher executiva, eficiente, elegante, e tinha uma cartela sobre sua mesa onde estava escrito:“Interrogadora Oficial”:
- “Qual sua ocupação ?” ela perguntou.
Como ela iria responder ? As palavras simplesmente começaram a sair de sua boca:- “Sou uma Investigadora Associada no Campo do Desenvolvimento Infantil e Relações Humanas.”
A funcionária deteve a caneta que ficou congelada no ar, e olhou para a mãe como se não estivesse escutado bem.Repetiu o título lentamente, pondo ênfase nas palavras mais importantes. Logo, observou assombrada como seu pomposo título era escrito em tinta negra no questionário oficial.- “Permita-me perguntar-lhe”, disse a funcionária com ar de interesse, que é o que exatamente você faz no campo de pesquisa ?
Com uma voz muito calma e pausada, se ouviu sua resposta.- “Tenho um programa contínuo de investigação (que mãe não o tem?) no laboratório e no campo (normalmente se costuma dizer 'dentro' e 'fora' de casa). Estou trabalhando no meu doutorado (a família completa) e já tenho 4 créditos (todas as suas filhas). Evidente que o trabalho é um dos que mais demanda tempo no campo de humanidades (alguma mãe está em desacordo ?) e usualmente trabalho umas 14 horas diárias (em realidade são mais, algo como 24 horas !). Porém, o trabalho tem muito mais responsabilidades que qualquer trabalho simples, e as remunerações, mais que somente econômicas, também estão ligadas à área da satisfação pessoal.”
Podia-se perceber uma crescente atitude de respeito na voz da funcionária, enquanto completava o formulário. Uma vez terminado o processo, se levantou da cadeira e pessoalmente acompanhou a “Investigadora” à porta.
Ao chegar em casa, emocionada por sua nova carreira profissional, saíram a recebe-la 3 de suas “cobaias” do laboratório, de 13, 7 e 3 anos de idade. Do alto, ela podia escutar a seu novo modelo experimental do programa de crescimento e desenvolvimento infantil (de 6 meses de idade), provando um novo padrão de vocalização.
Sentia-se triunfante !
Havia vencido a burocracia.
Havia entrado nos registros oficiais como uma pessoa mais distinguida e indispensável para a humanidade que somente “uma mãe a mais”.
A maternidade... que profissão mais brilhante. Especialmente quando tem um título na porta. As diferentes imagens de uma mãe:
- 4 anos de idade... Minha mamãe pode fazer qualquer coisa.
- 8 anos de idade... Minha mamãe sabe muito ! Um montão !
- 12 anos de idade... Minha mãe não sabe absolutamente tudo !
- 14 anos de idade... Naturalmente, mamãe tampouco sabe isto !
- 16 anos de idade... Minha mãe ? Ai ! é tão antiquada !
- 18 anos de idade... Esta velha? Está totalmente fora de época !
- 25 anos de idade... Bem, pode ser que saiba algo a respeito.
- 35 anos de idade... Antes de decidir, porque não pedimos a opinião da mamãe ?
- 45 anos de idade... Me pergunto, que haveria pensado mamãe a respeito ?
- 65 anos de idade... Oxalá pudera comenta-lo com minha mamãe...

(TriniAmagintza - Grupo de Apoyo Lactancia y Maternidad - Espanhajoatri@teleline.es
Traduzido e adaptado por Marcus Renato de Carvalho para
www.aleitamento.com)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Era uma tarde de outono.
Em meio ao burburinho do cotidiano, uma jovem buscava organizar seus pensamentos para então tranqüilizar a mente e conseguir trabalhar.
Mas era tão difícil.
Por mais que buscasse organizar suas idéias, em poucos instantes seu pensamento vagava entre lembranças e aflições.
Desconcentrava-se e afligia-se.
Sentia vontade de sair correndo para longe.
No entanto, sabia que seu desconforto nada tinha a ver com seu trabalho.
Além disso, não seria um lugar qualquer que lhe devolveria a serenidade perdida.
Era nisso que pensava quando olhou pela janela.


Nuvens espessas e escuras escondiam o sol.
As montanhas próximas pareciam ter sido engolidas por densa névoa.
A luminosidade do dia dava lugar à certeza da tempestade que não tardaria a cair.
Sentiu seu coração ainda mais pesado.
Era como se o seu estado de espírito estivesse representado pelo cenário emoldurado na janela.
Quando as primeiras gotas da chuva começaram a escorrer pela vidraça ela sentiu-se mais infeliz.

O desejo de chorar só foi contido pela presença dos colegas de trabalho, alheios à sua dor.
Baixou novamente os olhos na tentativa de retomar o trabalho quando encontrou, entre seus pertences, um papelzinho impresso.
Era uma dessas curtas mensagens que se acham dentro dos chamados “biscoitinhos da sorte”.
Era singelo, mas preciso: “depois da tempestade vem a bonança.”
Reencontrar, naquele momento, quando a chuva caía pesada, o bilhetinho que recebera por acaso dias antes, parecia-lhe mais do que uma simples coincidência.
Afinal, sentia-se em meio a uma tempestade.
Problemas sérios invadiam sua vida.
Era como se uma enxurrada estivesse arrastando para longe dela sua paz e sua felicidade.
Olhou novamente para o pequeno papel e o releu.
No instante seguinte, olhou para fora.
Pensou:“para Deus nada é impossível.”
Cobriu o rosto com as mãos e fez uma breve, mas sincera prece, rogando ao Pai força e coragem para prosseguir.

Sentiu-se mais leve e acabou sendo envolvida, sutilmente, pelo trabalho.
O telefone tocou, pessoas a chamaram para resolver questões profissionais, e assim foi.
Sem que percebesse, seus problemas pessoais cederam lugar à concentração no trabalho que ha pouco lhe faltava.
Os minutos foram seguidos pelas horas. Quando, no final da tarde, ela voltou seus olhos para fora não pôde conter o espanto.
A chuva havia parado e o cenário era muito diferente: o céu, banhado por intensa luz do sol, não tinha nuvens.
As montanhas, antes ocultas pela neblina, agora tinham seus contornos bem definidos.
Naquele momento, uma colega aproximou-se e disse-lhe: “quem diria, não?
Depois da chuva que caiu no começo da tarde, um final de dia ensolarado como esse!”

E completou, sorrindo: “para Deus nada é impossível!” A jovem sorriu, sentindo o ânimo renovado, e pensou: “realmente, para Deus tudo é possível.”

***
O amor de Deus é uma presença constante na vida de cada um de nós.
Enlevados pela alegria ou arrasados pelo sofrimento, por vezes, esquecemo-nos disso. No entanto, em momento algum Ele nos esquece, ou abandona.

segunda-feira, 3 de maio de 2010


... Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. [ Carlos Drummond de Andrade ]