quinta-feira, 18 de julho de 2013

Á meia noite,pelo telefone...


À meia noite,pelo telefone,
conta-me que é fulva a mata do seu púbis.
Outras notícias
do corpo não quer dar,nem de seus gostos.
Fecha-se em copas:
"Se você não vem depressa até aqui
nem eu posso correr à sua casa,
que seria de mim até o amanhecer?"

Concordo,calo-me

(Carlos Drummond de Andrade)

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