Essa mulher que caminha no orvalho da madrugada,de pés nus, que dança na margem do rio,ouvindo o vento da noite,essa mulherque canta o silêncio até onde o grito,traz na fronte a cicatriz,que se desenha como a luz na água, a sua loucura,ela, alheia a tudo,dança até onde a música eleva os seus pés,ardem-lhe os lábios, morde a dor, a vidae nada recusa.Dança até onde a tempestade a leva.
(Maria João Cantinho )
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